segunda-feira, 25 de julho de 2011

ATIVIDADE COMPLEMENTAR - MODULO I

ATIVIDADE COMPLEMENTAR - MODULO I


Sem dúvida, que a “instalação das ferramentas modernas” se constituem como novos e úteis meios de construção e difusão de conhecimentos. As possibilidades que essas modernas ferramentas oferecem se dobram em entretenimento e acesso a uma infinidade de informações, mas o simples uso não garante novas formas de ensinar e aprender.

As imagens configuram o entendimento a partir da compleição arquitetônica da escola, às formas da disposição dos alunos nas salas e embora perceba-se a presença de equipamentos o professor continua utilizando métodos ultrapassados no processo do ensino. Essa prática continua recorrente no sistema escolar que atuamos. Desse modo o professor precisa se (re)apropriar de conhecimentos relacionados aos usos das TIC e substancialmente se apropriar das novas práticas pedagógicas colocando a educação na nova sociedade da informação e comunicação.

Para que isso ocorra faz-se necessário uma mudança de atitude do professor frente a este desafio, numa reflexão que possibilite repensar sua prática na sala de aula, buscando novas formas de trabalhos com esses novos recursos, explorando todas as potencialidades que o uso deles oferecem para a construção do conhecimento.

Não pretendo ser ingênuo ao falar do uso das medias na educação se não considerar a importância da existência de um projeto para utilização das TIC embasado no projeto politico-pedagógico da escola e em concepções e práticas acerca da importância e uso dessas tecnologias.

POTENCIALIDADES DAS TIC NA EDUCAÇÃO

Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Educação
Curso de Especialização Tecnologia e Novas Educações – Módulo I


Atividade Complementar.


Tendo como base o aprendizado adquirido nos processos em discussão no decorrer do Curso de Especialização em Tecnologia e Novas Educações, o que possibilitou a todos os cursistas, perceber a importância das mudanças na dinâmica da escola com a utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação, conhecida como TIC com abrangência na formação dos professores para uma eficaz integração no sistema educativo, contribuindo destarte para a transformações das atitudes dos educadores.

Assim, entende-se que a dimensão cultural é central e estruturante nestes processos, e sua importância ainda maior para a caracterização de um novo perfil do professor, possibilitando a implementação das mudanças em suas práticas no entendimento de que as novas gerações tem outros modos de aprendizagens, baseado em estruturas não lineares, completamente diferentes da estrutura seqüencial em que se assentam os saberes livrescos tradicionais e que ainda é recorrente na grande maioria das escolas.
Mais do que um transmissor de saberes , o professor será um facilitador, um mediador de saberes, praticando uma pedagogia ativa centrada no aluno e terá um papel decisivo na construção do cidadão crítico e ativo.

A educação básica, sobretudo, ganhou novas possibilidades para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem com a utilização das práticas pedagógicas com o uso das TIC, permitindo a esta geração o desenvolvimento de competências em trabalhar com autonomia, com uma prática de análise e reflexão, confrontação, verificação, organização, seleção e estruturação considerando as diversidades de fontes de consultas e estudos; além do conhecimento e compreensão de outras culturas.

Por tudo isso, entendo que o uso das TIC se caracterizam como eixo estruturante do processo educacional e sua compreensão conceituais, metodológicas e de amplitudes do conhecimento das redes colaborativas, inserindo o cidadão no ciberespaço são bases para a construção de novos saberes e por uma prática pedagógica estruturante, com dimensões e possibilidades, indispensáveis ao educador na contemporaneidade.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

webquest "A FORMAÇÃO DA CRIANÇA NEGRA PELA TRADIÇÃO ORAL DO GRIOT

A FORMAÇÃO DA CRIANÇA NEGRA PELA TRADIÇÃO ORAL DO GRIOT.


Introdução

Enquanto elementos básicos para o crescimento intelectual dos alunos nos primeiros anos de escolaridade, a leitura e a escrita são consideradas desafiadoras nas escolas, cabendo a esta organizar sua prática como forma de instigar seus alunos no interesse pela leitura de diferentes textos da literatura infantil e infanto-juvenil e contação de histórias.

A FORMAÇÃO DA CRIANÇA NEGRA PELA TRADIÇÃO ORAL DO GRIOT

Tarefas:

1. Roda de leitura de contos africanos
2. Reconto oral e escrito dos contos lidos;
3. Contação de histórias de vida e da comunidade
4. Registro fotográfico das atividades
5. Registro escrito de imagens
6. Produção de cartazes.

A FORMAÇÃO DA CRIANÇA NEGRA PELA TRADIÇÃO ORAL DO GRIOT

Processo
1. Selecionar acervo bibliográfico de contos africanos e afro brasileiros
2. Agendar visita ao laboratório de tecnologia
3. Selecionar acervo videotecário ( DVD, CD)
4. Identificar na comunidade idosos que se disponha em participar
5. Os alunos deverão ouvir as histórias sentados em círculo
6. Organizar as informações pesquisadas na internet sobre contos africanos.

A FORMAÇÃO DA CRIANÇA NEGRA PELA TRADIÇÃO ORAL DO GRIOT

Avaliação

O grau de participação será avaliado com base nos seguintes critérios;
• Participou ativamente das atividades, cooperando com o grupo
• Esteve presente mas não participou e não discutiu com os colegas sobre o tema;
• Adquiriu as habilidades de leitura e da escrita;
• Utilizou adequadamente o computador;
• Houve mudanças de comportamento quanto à execução das tarefas.

A FORMAÇÃO DA CRIANÇA NEGRA PELA TRADIÇÃO ORAL DO GRIOT
Conclusão
Colar links sobre webquest e sobre o tema.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

AS TICs SALA DE AULA

AS TIC´S NO AMBIENTE ESCOLAR
Atualmente a tecnologia está presente em todos os setores da sociedade é um componente social importante na vida moderna. O Núcleo Curricular Básico-Multieducação(1996) diz o seguinte:
O acesso à mídia impressa e eletrônica, ao vídeo, ao computador, às redes e apropriação de suas linguagens e estéticas, não é uma utopia ou um desvario, é a condição básica da habitação do cidadão ao diálogo social, afetivo, político, profissional, o cidadão da sociedade informático-mediática necessita adquirir habilitação técnica e linguística que lhe permita transitar e sobreviver no meio informacional na qual está imerso (p.134)
E quem dará essa instrução para a formação de um cidadão inteirado de sua realidade? A escola jamais poderia ser indiferente, pois se constitui um lugar de posturas e mudanças sociais. É na escola onde encontra-se o âmago das modificações de origem social.
A informática educativa é uma realidade e deve ser inserido no contexto escolar, como destaca Haetinger (2005), desta forma acreditamos que a informática aplicada aos processos educacionais pode oferecer um caminho de mudanças para a velha escola, claro que nunca como ‘salvadora da pátria', mas como mais uma ferramenta a serviço dos professores.
De fato a escola, e principalmente os professores, precisam encarar essas novas tecnologias de forma natural, buscando oportunidade de aperfeiçoar-se para a operação dessas novidades tecnológicas. Dificuldades são muitas, incertezas quanto ao alcance dos objetivos propostos inúmeras, porém de certo se tem que, enquanto o docente não tiver consciência de seu papel de agente de transformação, mudanças não ocorrerão (MIRIAN C.D, MELLO, 1991).
Mesmo que a escola não ofereça subsídios para a inserção das novas tecnologias o professor tem o dever, como agente de transformação e formador de opinião, de oferecer para seus educandos conhecimentos e interações com essas tecnologias, tendo em vista que fazem parte do quotidiano de muitos deles. Com relação ao professor Haetinger (p. 70, 2005) diz que "se continuar não interagindo o ensino com a vida prática dos alunos está correndo o risco de ficar falando sozinho, na sala de aula ou no universo virtual".
Ainda com relação as tecnologias, Haetinger (2005), complementa:
Em nosso trabalho de educadores devemos sempre... Oportunizar aos alunos o acesso a informação e a construção de conhecimentos coletivos. Ao oferecermos este tipo de vivência, buscamos a motivação do aluno e o comprometimento do mesmo com a aprendizagem individual e do grupo ao qual ele pertence (p. 71).
A escola mudou, não vivemos mais aquele ensino metódico e puramente mensurável, onde o professor detinha todo o conhecimento. A sociedade, seus padrões e ritmos mudaram, estamos no século XXI, na Pós-modernidade, onde as máquinas são responsáveis por grande parte do desenvolvimento mundial. Precisamos então, como educadores, analisar como as Tic´s podem nos ajudar a favorecer a aprendizagem das nossas crianças. Atualmente, uma discussão pertinente entre os educadores não questiona se "o aluno aprende ou não aprende" ou "o quanto ele aprende", mas está voltada a questões mais amplas como: "de que modo podemos favorecer a aprendizagem?", que ações pedagógicas adotaremos para facilitar a construção de conhecimentos? Haetinger (2005).
A INSERÇÃO DA MULTIMÍDIA NA SALA DE AULA
Já existem em varias escolas o uso dos meios de multimídia nas próprias salas de aulas, como lousas digitais, computadores com acesso a internet e distribuição de notebooks para as crianças nos primeiros anos do ensino escolar, é o caso do Jardim de Infância Municipal Doutor Luiz Silveira, em Piraí/RJ (Revista Nova Escola). São muitos os casos de sucesso na utilização da tecnologia na sala de aula como aliada no processo de ensino aprendizagem, provando assim que o uso das Tic´s pode e deve ser uma prática constante nas salas de aula, atuando como mais um suplemento de ensino. sobre o uso da informática como recurso pedagógico, a inclusão da informática como recurso pedagógico é mais do que querer, é fundamental para desenvolver todas as possibilidades do saber. Haetinger (2005).
A idéia de utilizar computadores para ensinar as crianças a se tornarem melhores pensadores teve início com Seymour Papert, para quem o computador iria "ampliar a escola" revolucionar e educação e reformular a mente das crianças. Sua linguagem de programação projetada especialmente para as crianças deveria provocar o estímulo para essa revolução. Influenciado pelo psicólogo e filósofo suíço Jean Piaget, com quem estudou, Papert afirma ter combinado as complexas teorias de desenvolvimento infantil de Piaget com seu próprio trabalho no campo da inteligência artificial. Essa fusão aparente levou à criação da linguagem logo, a qual, Papert esperava, sistematizaria o uso de computadores no aprendizado, começando na pré-escola, ou até mais cedo ainda.
Muitos outros estudiosos e pesquisadores defendem o uso das tecnologias no ambiente escolar, em especial o uso do computador como recurso pedagógico, mas advertem para o uso adequado dessa ferramenta.
O computador jamais poderá ser utilizado de forma a ameaçar o contato com a própria realidade, a alienar a criança: mas, mas ao contrário, deverá ser usado sempre para fortalecê-la, por meio de tomada de consciência de si mesma como alguém capaz de lidar com representações simbólicas, mantendo os pés firmes no chão. (Oliveira, 1999, p. 11)
O desafio dos educadores da atualidade é ensinar aos seus alunos a metalinguagem, a diversidade de linguagem existente e sua utilização na vida prática. MacLuhan (1997, p.33) fala que atualmente a resposta é ensinar aos estudantes nas escolas como se ‘metacomunicarem' e como aprenderem ‘meta-habilidades' de forma que possam se adaptar ao mundo tecnológico em transformação.
A RELAÇÃO DAS CRIANÇAS COM AS TIC´S
Será que as crianças nos primeiros anos escolares dominam as novas tecnologias? Como é a relação com o desconhecido (será desconhecido)? Tentaremos responder aqui estas e outras questões concernentes ao uso das tecnologias por parte das crianças no ambiente escolar. As novas tecnologias são também fontes de aprendizado para as crianças.
Para Morin (2000) A criança também é educada pela mídia, principalmente pela televisão. Aprende a informar-se, a conhecer - os outros, o mundo, a si mesma-, a sentir, a fantasiar, a relaxar, vendo, ouvindo, "tocando" as pessoas na tela, pessoas estas que lhe mostram como viver, ser feliz e infeliz, amar e odiar. A relação com a mídia eletrônica é prazerosa – ninguém obriga que ela ocorra; é uma relação feita através da sedução, da emoção, da exploração sensorial, da narrativa aprendemos vendo as histórias que os outros nos contam. Mesmo durante o período escolar a mídia mostra o mundo de outra forma – mais fácil, agradável, compacta sem precisar fazer esforço. Ela continua educando como contraponto à educação convencional, educa enquanto estamos entretidos.
Percebe-se então que as crianças desde pequenas têm contato com diversas mídias e através delas elas aprendem muita coisa. As mídias são meios pelos quais as crianças aprendem de forma prazerosa e dinâmica, seu uso na escola favorece em muito a obtenção de conhecimentos.
Portanto, as Tic´s através de suas facilidades e diversidade de uso, favorecem em muito o aprendizado das crianças, pois através destas mídias as mesmas aprendem com muito mais entusiasmo e interagem de forma prática com essas novas tecnologias, já fazem parte, na maioria das vezes, de seu cotidiano. Além do mais através das Tic´s o aprendizado acontece de forma dinâmica e atrativa, incentivado a participação das crianças nas diversas atividades realizadas na sala de aula, com a mediação do professor e funcionando como mais um riquíssimo recurso de ensino.
Para Haetinger (2005) o aluno através destas ferramentas, [as novas tecnologias] deve se comprometer muito mais com o aprendizado, o que não acontecia com o ensino tradicional, de apenas recepção de conteúdos. Sob a própria perspectiva do construtivismo, as novas tecnologias dão a noção do concreto e do prazeroso, oferecendo ao educando uma maior interação com a aprendizagem. Papert (apud. Almeida, 2000) diz que a característica principal do construcionismo é a noção de concretude como fonte de ideias e de modelos para a elaboração de construções mentais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, sobre a importância das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC como facilitadora e promotora da aprendizagem, pode-se afirmar que ainda são muitos os desafios para a implantação das mesmas no ambiente da sala de aula, mas aos poucos estão surgindo idéias para a incrementação dessas tecnologias no ambiente escolar.
A temática foi de fundamental importância, pois trouxe um enfoque maior à questão do uso das novas tecnologias como auxiliadora e facilitadora da aprendizagem das crianças. Além de ressaltar a contribuição das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC como recurso pedagógico eficiente e rico para utilização, por parte dos educadores.
Pode-se concluir que as TIC além de serem um recurso pedagógico interessante e importante para o professor, é uma ferramenta que torna a aprendizagem das crianças mais significativa e mais prazerosa, contribuindo inclusive para a felicidade da criança na escola e estimulando-a a vir para a escola.
Pode-se também, com a escrita do artigo, construir uma fonte de pesquisa para estudiosos, pesquisadores e educadores, oferecendo-os subsídios para as suas práticas de pesquisa e ensino, além do mais pretende-se com o mesmo uma maior atenção e valorização das TIC no ambiente escolar, mais especificamente na sala de aula.
REFERÊNCIAS
HAETINGER, Max G. O Universo Criativo da Criança na educação: coleção Criar.vol. 03. Rio Grande do Sul, 2005.
ESCOLA, Nova. Computadores na pré-escola. Disponível em: < http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/computadores-pre-escola-556251.shtml>. Acesso em: 26 maio 2010.
NETO, Hermínio Borges & Suzana Maria Campelo Borges. O papel da informática educativa no desenvolvimento do raciocínio lógico. Disponível em: Acesso em: 27 de maio 2010.
CORTELAZZO, Iolanda B. C. Pedagogia e Novas Tecnologias: Tecnologias Interativas e Colaborativas. Disponível em: < www.boaaula.com.br/iolanda/disciplinas/pedago10.ppt> Acesso em: 27 maio de 2010.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A ESCOLA COMO MEIO DO DISCURSO MIDIÁTICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA.
FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIA E NOVAS EDUCAÇÕES.

- DIMENSÃO ESTRUTURANTE DAS TECNOLOGIAS.

Diante da perspectiva adotada no Módulo A dimensão estruturante das tecnologias, faça uma análise sobre os argumentos apresentados pela professora Elisabeth Dantas, que considera “a escola como meio de comunicação do discurso midiático” e que o professor tem um papel importante frente a estas questões..


Pode até ser que o tema desenvolvido pela professora Elisabeth Carvalho Dantas, na Sessão Integradora do Curso de Especialização em Tecnologia e Novas Educações para alguns colegas tenha até sido irrelevante, o que mesmo assim, é questionável. Para mim, aquela aula foi de extrema contribuição para o entendimento da necessidade de se pensar e contextualizar as teorias de marketing aplicada à educação em todos os níveis e, enquanto dimensão estruturante, sem dúvida, se caracteriza como um contributo na melhoria da performance do professor da qualidade do processo mediador do conhecimento. “ A capacidade de aprender novas coisas é mais importante do que nunca em um mundo no qual você precisa processar informações em grande velocidade (TAPSCOTT. 2010)”


A primeira década do século XXI ficou no passado, mas, deixou registrado como á década das grandes inovações tecnológicas, o início no Brasil na inserção da cultura digital, ainda que com restrições ao acesso de todos, carecendo, portanto, de politicas públicas que permitam a acessibilidade crítica a essa cultura., teve um avanço significativo. Não pode-se negar que a internet se transformou numa imensa plataforma, capaz de agregar usuários com interesses e conhecimentos e o professor entender da necessidade de se apropriar desses conhecimentos, contribuindo na construção de mudanças do processo ensino aprendizagem que Tapcott afirma pertencer à Era da Revolução Industrial. A utilização dos computadores pelos professores e alunos nas escolas não resolverá os problemas de ensino-aprendizagem que existem nos dias atuais, mas com certeza pode tornar as aulas melhores e mais criativas, assim como dar aos alunos o direito de apropriar- se dessa tecnologia que está presente na sociedade, mas à qual nem todos tem acesso. (Bettega. 2010)

A educação em massa foi um produto da economia industrial. Howard Gardner diz que a escolarização é uma idéia de produção em massa. “Você ensina a mesma coisa, da mesma maneira, a todos os alunos e, depois, os avalia do mesmo modo” A pedagogia se baseia na idéia questionável de que as experiências otimizadas de aprendizado podem ser construídas para grupos de estudantes da mesma idade cronológica. Nessa visão, um currículo é desenvolvido com base em informações pré-dirigidas e estruturadas para a melhor transmissão. Se o currículo for bem-estruturado e interessante, então grande parte dos estudantes de qualquer série vai “ entrar em sintonia” e se engajar com a informação. Mas muitas vezes não é isso que acontece.

Em artigo “Educação escolar e meios de comunicação” Donizete Soares afirma que os meios de comunicação refletem e reinventam nossos modos de pensar e agir, interferem em nossas decisões e ações, operam no sentido de nos tirar de situações cômodas e arcaicas empurram-nos para novos tempos, utilizando tecnologias avançadas e fascinantes mexem com nossos nervos e sacodem nossas emoções transportam nossas idéias e vontades para lugares diferentes fazem com que fiquemos em casa ou ocupemos as ruas. Incitam-nos e nos acalmam envolvem-nos e nos separam, criam em nós e para nós necessidades inimagináveis, levando-nos a realizar o objetivo maior da sociedade em que vivemos. Consumir.
Ora , para quem se dedica à educação escolar, reconhecer a importância dos meios de comunicação é, no mínimo, uma obrigação e uma necessidade.
Obrigação, porque implica admitir que os profissionais que atuam junto a equipamentos que produzem textos, sons e imagens contam com recursos muito mais sofisticados que a escola e, portanto, conseguem, nesse aspecto, atingir os alunos com mais facilidade do 8257-5193 8257-5193informam mais e melhor do que o mais experiente e bem preparado professor.
Necessidade, porque sem eles a escola é um lugar estranho. Aliás muito estranho, porque, de uma forma ou de outra, os meios de comunicação já são conhecidos e seus equipamentos, manuseados por parcela significativa da população. Não há nada que justifique a ausência deles na escola e dentro da sala de aula.

É inaceitável que os professores e alunos não tenham acesso rápido e fácil a todas as mensagens midiáticas e mais ainda que as escolas e os professores não se interessem e não se capacitem para compreender essas novas linguagens que, certamente, estão interferindo no modo de pensar, de ser e de expressar de todos nós e, em particular, das novas gerações.

BIBLIOGRAFIA.

Tapscott, Don. A hora da geração digital. Agri Negócios, 2010.

Bettega, Maria Helena Silva. A Educação continuada na era digital 2.ed. – São Paulo: Cortez.2010

Soares. Donizete. Educação Escolar e Meios de Comunicação. www.portalgens.com.br


8257-5193 8257-5193 8257-5193Ermeval Bonfim Ferreira da Hora

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

EDUCACOMUNICAÇÃO:UMA ABORDAGEM DO DISCURSO MIDIÁTICO NA FORMAÇÃO ESCOLAR

A informação é o fenômeno humano e social que depende precipuamente da linguagem, sendo, pois, a transmissão de um saber, através de sistemas de valores, ou seja, a linguagem enquanto ato de discurso. Neste contexto, abordam-se as mídias no intuito de analisar o discurso da informação. As mídias são criticadas por constituírem um "quarto poder", embora, os indivíduos estejam como refém das mesmas pelos efeitos provocados longe de qualquer pretensão à informação. Por outro lado, percebe-se que a mídia possui um sentido simbólico, que faz viver as comunidades sociais, manifestando a forma como os cidadãos, seres coletivos, regulam o sentido social ao estabelecer sistemas de valores. Corroborando com a assertiva de Patrick Charaudeau: "é próprio de uma comunidade social produzir discursos para justificar seus atos, mas não está dito que tais discursos revelam o verdadeiro teor simbólico desses atos: muitas vezes o mascaram, por vez o pervertem, ou mesmo o revelam em parte." Diante disso, destaca-se o discurso publicitário, que não se trata de um fenômeno isolado, pois faz parte do panorama geral da comunicação, a qual serve para conduzir a informação. O discurso publicitário é repleto de componentes persuasivos que se fazem presentes nas formas mais estereotipadas da mensagem, que compõem as propagandas esquemáticas que atraem o indivíduo, seja porque ele se identifica com aquela realidade, seja por querer pertencer a mesma. Neste cenário, percebe-se que o discurso publicitário é composto por vários fatores ancorados, tais como fatores sociológicos, econômicos, ideológicos etc. Por essa ótica, pode-se dizer que a comunicação ao lado da escola, reproduz os valores dominantes em benefício dos donos do poder; por outro lado, a comunicação deve ajudar a produzir o consenso necessário à coesão social. A partir do desenvolvimento tecnológico, observa-se a necessidade de os sistemas educacionais participarem disto, estimulando o grupo como afirma Ângela Schaun "estimular a voz do coletivo através da convergência de saberes, em que o percurso da educação para a comunicação, ou da comunicação para a educação, passou a ser um campo que perpassa as diversidades aparentes."

MATERIAIS E MÉTODOS
Educomunicação é um conceito utilizado para designar o encontro da educação com a comunicação, propondo o uso dos novos recursos tecnológicos e técnicas comunicativas na aprendizagem. De acordo com Schaun: "A questão da Educomunicação busca ressignificar os movimentos comunicativos inspirados na linguagem do mercado da produção de bens culturais, mas que vão se resolver no âmbito da educação como uma das formas de reprodução de organização de poder da comunidade, como um lugar de cidadania, aquele índice do qual emergem novas esteticidades e eticidades." A fundamentação do arcabouço teórico deste artigo possui trajetória investigativa, pois articula informações do conhecimento científico ancorado em experiências técnicas, que se instaura na relação Educação/ Comunicação. Deste modo, este estudo irá constituir a comunicação como mediadora político/social, pois mesmo que esta atenda os apelos da indústria cultural, inspirada no consumo (discurso publicitário), vai colocar-se a frente na questão educativa.
O problema de pesquisa proposto neste projeto, é orientado na investigação de "É possível unir Educação e Comunicação na formação infanto-juvenil, visando um futuro consumo consciente?" A partir do problema proposto configura-se como metodologia, a instauração de práticas discursivas sociais, de cunho teórico, visando um maior conhecimento das ações comunicativas de atuação para a transformação social. Este estudo é essencialmente de natureza bibliográfica, tendo como procedimento geral o método indutivo, por levar conclusões à conteúdos mais amplos que as premissas as quais se basearam; como também é de cunho exploratório, pois visa tornar o problema mais claro.

RESULTADOS
De acordo com as Teorias de fundamentadas na Escola Americana dos Efeitos, que foi marcada por estudos de abordagem que vão desde a engenharia das comunicações, passando pela psicologia e sociologia, foi possível compreender como funcionam os processos comunicativos. Este campo de estudo, é dividido em várias correntes, uma delas é a funcionalista, a qual aborda hipóteses sobre as relações entre os indivíduos, a sociedade e os meios de comunicação, tendo como objetivo o equilíbrio da sociedade. Deste modo, o que define o campo de interesse nesta corrente, é a dinâmica do sistema social. Se o sistema social é formado por cada individuo, que é um ser coletivo, a partir do momento em que se estudam os fenômenos psicológicos individuais, que constituem a relação comunicativa, notar-se-á vários processos psicológicos entre a ação dos meios e os efeitos, desde o interesse em obter uma informação até mesmo a predisposição a determinados assuntos. Ou seja, qualquer tipo de comunicação resultará num efeito, toda comunicação é lançada a alguém com um devido fim. Quando se trata da mídia, seu fim é o consumo de produtos, ideologias e modismos, por isso seria interessante aplicar na metodologia escolar, debates sobre a temática dos meios de comunicação, como também do discurso sedutor das propagandas, com o objetivo de começar a estimular o senso critico dos estudantes.

DISCUSSÃO
Diante da temática abordada e tomando como guia os postulados de autores e pesquisadores conceituados, percebeu-se que a comunicação por si só já produz efeitos, e com isso ela busca um feedback. Nesta ótica, ao analisar não apenas a comunicação, mas os meios, e indo além o discurso destes, observar-se-á indivíduos sendo facilmente manipulados e influenciados pelo discurso persuasivo das mídias. Ao deparar-se com jovens indivíduos as margens do aprendizado, é possível identificar que eles são grande parte do público que é estimulado diariamente ao consumo. E quando se trata de discurso voltado para o público infanto-juvenil, observa-se os mais variados argumentos persuasivos, que influenciam não somente pelo discurso falado, como também pelo simbólico, ilustrações, cores e apelos dos mais diversos. Neste contexto, nota-se que o fato não é um individuo ser influenciado pela mídia, mas como se dá essa influencia. Pois diferentemente de um adulto, a criança não tem noção das fantasias que a mídia implanta, uma criança passa a informação para outra e outra, ou seja, as próprias crianças são peças divulgadoras, como em campanhas publicitárias que incitam crianças, frases como: "eu tenho, você não tem!". É pois, na formação escolar que deve ser aplicado uma didática voltada para a criação do senso crítico, sem deixar de compreender que se tratam do público infanto-juvenil, e também sem ter pretensões de formar nenhum critico que abomine as mídias e o consumo, o que se propõem é ensinar aos futuros jovens/adultos, a ter autonomia de suas ações e escolhas, como também incentivar o consumo consciente, até porque é o consumo que move a economia do país.

CONCLUSÕES
Este artigo é essencialmente de relevância acadêmica podendo contribuir para estudantes de diversas áreas tais como comunicação, sociologia e psicologia. De um modo geral, esse estudo sugere uma proposta as instituições de ensino fundamental, que seriam oficinas, as quais ensinariam o processo comunicativo bem como seus efeitos. Por fim, este estudo trouxe um ponto de vista diferente. Sabe-se que a publicidade move a economia do país, uma vez que ela incentiva o consumo, e aqui não se faz a crítica ao discurso publicitário, muito pelo contrario, o profissional de publicidade deve ser valorizado e não somente pelo referencial em vendas, sendo interessante sua contribuição com a educação cidadã, pois o que se propõem é o consumo consciente através da educação.

REFERÊNCIAS
BAUDRILLARD, Jean. A Sociedade de consumo. Rio de Janeiro: Elfos, 1995.
BELLONI, Maria Luiza. O que é mída-educação. Campinas, SP: Autores Associados, 2001.
CHARAUDEAU, Patrick. Discurso das Mídias. São Paulo: Contexto, 2006.
FRANÇA, Vera Veiga; HOHLFELDT Antonio; MARTINO Luiz C. Teorias da Comunicação: Conceitos Escolas e Tendências. Petrópolis: Vozes, 2001.
SCHAUN, Ângela. Educomunicação: reflexões e princípios. Rio de Janeiro: Mauad, 2002.
THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis, Vozes, 2008.