Nesta obra o autor reuniu o resultado de uma pesquisa feita com aproximadamente dez mil jovens de diversas partes do mundo, que denominou de Geração Digital ou Geração internet. A obra publicada tem como objetivo desmistificar a visão apocalíptica que alguns autores e especialistas tem da juventude atual, mostrando como cresceram e vivem os membros dessa geração que nasceu imersa em tecnologias, e por isso lidam com elas de forma natural.
A partir de 1993 o autor inicia o estudo sobre o impacto da internet no comportamento dos jovens, a intencionalidade era descobrir como nativo digital pensa a nova era e as mudanças introduzidas com o advento da internet.
A obra contém quatrocentos e quarenta e três páginas, onde o autor discorre ao longo de onze capítulos, sobre as principais mudanças promovidas pelo uso da internet e inicia focando como ponto de partida as diferenças entre as duas gerações mais populosas de todos os tempos: a geração Baby Boom e a Geração Digital, essas mudanças são focalizadas mostrando ao leitor como a influencia do uso da internet os transformou em pessoas mais inteligentes e dinâmicas.
Segundo Tapscott a internet compactua de uma cultura global e muda o mundo na medida em que aparece, e afirma que lidar com tecnologias é tão natural quanto respirar. Esses usuários são pessoas altamente instruídas, estimuladas desde muito cedo, são exigentes, sua relação com a mídia e com a política é diferente da de seu país. É uma geração caracterizada por oito normas, que se baseiam nas experiências deles, e estruturam também sua relação com o emprego e o consumo, são elas: Liberdade, customização, escrutínio, integridade, colaboração, entretenimento, velocidade e inovação.
Conectados em redes sociais, essa geração não teme a exposição ou perda de privacidade; prezam a liberdade, mas sentem-se bem com a família e gostam de viver na casa dos pais. São honestos, porém desconfiados. Lêem menos livros, mas lêem mais páginas na internet, tem acesso a mais informações, que precisam ser filtradas e processadas, o que acaba por exigir mais de seus cérebros. A educação para eles deve estar focada neles, visto que aprendem produzindo.
Segundo o autor a aprendizagem colaborativa é o que faz sentido para essa geração que não tolera mais a educação unidirecional praticada desde a Revolução industrial. Deste mesmo modo lidam com o mundo do trabalho, que para atraí-los precisa ser apaixonante, divertido, inovador, colaborativo, desafiador, veloz e livre.
Na conclusão do livro, Tapscot cria o neologismo NGefobia (medo da geração internet) em resposta a um crítico ferrenho da Geração Internet, Mark Bauerlein , que publicou um livro afirmando ser esta uma geração burra e nociva ao desenvolvimento da humanidade. Ele finaliza a obra lançando um questionamento sobre o que faremos com esse poder conquistado pela geração digital.
Os milhares de jovens dotados da lógica do pensamento hipertextual dão a Tonica a essa obra de Don Tapscott, que desvenda o que há por trás das mudanças promovidas pela Geração Digital, em todos os setores da sociedade.
Para o autor essa geração aprendem mais com experiências não seqüenciais, interativas, dessicronizadas, multimidiáticas e colaborativas, a plataforma fragmentária não os deixou mais burros ou superficiais. Muito pelo contrário, a web moldou suas mentes ampliando a capacidade de pensar.
Tapscott acredita que quem nasceu digital tem mais capacidade de mudar o foco e até de julgar se uma informação é ou não confiável. “Crescer com a internet mudou a forma como a mente funciona. Acostumados ao multitarefa, eles aprenderam a lidar com a sobrecarga de informação. As tecnologias digitais e o desenvolvimento intelectual caminham lado a lado”.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
CIBERCULTURA - Pierre Lévy. Editora 34 (edição brasileira) 1999.
Percebe-se a preocupação do autor em oferecer para os estudiosos a oportunidade de perceber a dinâmica dessa nova cultura humana pontuando caminhos de como usar o novo modelo comunicacional de forma inteligente, ressaltando a necessidade dessa nova geração estar em condição de participar ativamente dos processos de inteligência coletiva que representam o principal interesse do ciberespaço, afirma ainda, que os novos instrumentos deveriam servir prioritariamente para valorizar a cultura, as competências, os recursos e os projetos locais contribuindo para o individuo na participação de aprendizagem colaborativa.
Nota-se na primeira parte a relação que o autor imprime entre técnica, cultura e sociedade, ressaltando que a técnica é produto de uma cultura e a sociedade se encontra condicionada a sua técnica que por sua vez possibilita avanços em todos os aspectos da vida social. Sem a técnica, segundo o autor, algumas opções sociais e culturais não poderiam ser pensadas.
Pierre Lévy segue, na segunda parte de sua obra, pontuando as implicações culturais provocadas pela nova forma de comunicação, de sociabilidade e de inclusão, que ele denomina de ciberespaço, única forma de compartilhamento da “inteligência coletiva” para a discussão de diversos temas simultaneamente, sem submissão de qualquer controle ideológico. Ainda aí o autor coloca em discussão cuidadosa temas como: as artes, o saber e a cidadania.
No capitulo que trata da educação e cibercultura, o autor afirma que qualquer reflexão sobre o futuro dos sistemas de educação e de formação na cibercultura deve ser fundada em uma análise prévia da mutação contemporânea da relação com o saber. O ciberespaço atribui ferramentas para o professor se tornar um incentivador da “inteligência coletiva” e não apenas um transmissor de conhecimento. Com o uso da internet, novas formas de codificação do saber foram posta em jogo, a pesquisa e a troca de conhecimentos para a ser interativo, imediato tornando-se necessário romper como o modelo tradicional da escola.
Na discussão sobre cidadania enfatiza necessidade do uso do virtual para habitar melhor o real. Com a exploração das potencialidades do ciberespaço o individuo pode se organizar sozinho ou em grupo para articular assuntos que dizem respeito a diversos temas sociais, contribuindo parta descentralização da informação.
Outra questão importante colocada pelo autor é que com o surgimento do ciberespaço o Estado teme perder a sua soberania em relação à cultura e ao território. A rede é desterritorializante, através dela, pode-se visitar o mundo sem ter que passar pelos aparelhos repressivos e controladores dos Estados-nações.
Em sua reflexão o autor rebate críticas e responde questionamentos sobre o ciberespaço, afirmando que o virtual não substitui o real, não significa que o ciberespaço é uma ameaça ao espaço físico de desaparecimento, mas possibilita condições para se pensar o citiduano de forma diferente em vários espaços. A cibercultura através da técnica oferece oportunidade para mo desenvolvimento humano e por esse motivo ela é favor do bem público.
Por fim o autor pontua algumas questões relacionadas ao ciberespaço com freqüência, discordando da idéia de que o ciberespaço deve se tornar um “imenso mercado planetário e transparente de bens e serviços”, o autor defende que uma das principais características do ciberespaço é ser independente e comunitário, por isso não deve ser usado apenas comercialmente.
Pierre Lévy concluiu que alguns críticos estão “cegos e conservadores” em relação ao mundo virtual, que são movidos apenas pelo medo de perder o poder e o monopólio para o ciberespaço e diante disso não se permite conhecer esse novo modelo de comunicação e interatividade r as transformações positivas provocadas pelo mesmo.
Quanto a afirmação do ciberespaço ser sinônimo de exclusão, de caos e de confusão, Lévy admite que para as regiões em desenvolvimento o acesso à rede exige alto custo e toda tecnologia requer qualificação para ser manuseada, quanto a afirmação do caos e da confusão partem de falsas premissas de que não existe censura no ciberespaço e nenhuma autoridade garante o teor das informações disponibilizadas o que deixa o seu conteúdo vulnerável à desconfiança. Em respostas a essa questão ao autor diz que “os sites são produzidos e mantidos por pessoas e instituições que assinam suas contribuições e defendem sua validade frente à comunidade dos internautas”.
A importante obra desse filosofo francês presta importante contribuição para o entendimento do espaço de comunicação para a vida social na contemporaneidade e a sua leitura é extremamente importante para que o professor se instrumentalize tornando-se um incentivador da “inteligência coletiva” e conseqüentemente na construção de um NOVO modelo escolar.
Nota-se na primeira parte a relação que o autor imprime entre técnica, cultura e sociedade, ressaltando que a técnica é produto de uma cultura e a sociedade se encontra condicionada a sua técnica que por sua vez possibilita avanços em todos os aspectos da vida social. Sem a técnica, segundo o autor, algumas opções sociais e culturais não poderiam ser pensadas.
Pierre Lévy segue, na segunda parte de sua obra, pontuando as implicações culturais provocadas pela nova forma de comunicação, de sociabilidade e de inclusão, que ele denomina de ciberespaço, única forma de compartilhamento da “inteligência coletiva” para a discussão de diversos temas simultaneamente, sem submissão de qualquer controle ideológico. Ainda aí o autor coloca em discussão cuidadosa temas como: as artes, o saber e a cidadania.
No capitulo que trata da educação e cibercultura, o autor afirma que qualquer reflexão sobre o futuro dos sistemas de educação e de formação na cibercultura deve ser fundada em uma análise prévia da mutação contemporânea da relação com o saber. O ciberespaço atribui ferramentas para o professor se tornar um incentivador da “inteligência coletiva” e não apenas um transmissor de conhecimento. Com o uso da internet, novas formas de codificação do saber foram posta em jogo, a pesquisa e a troca de conhecimentos para a ser interativo, imediato tornando-se necessário romper como o modelo tradicional da escola.
Na discussão sobre cidadania enfatiza necessidade do uso do virtual para habitar melhor o real. Com a exploração das potencialidades do ciberespaço o individuo pode se organizar sozinho ou em grupo para articular assuntos que dizem respeito a diversos temas sociais, contribuindo parta descentralização da informação.
Outra questão importante colocada pelo autor é que com o surgimento do ciberespaço o Estado teme perder a sua soberania em relação à cultura e ao território. A rede é desterritorializante, através dela, pode-se visitar o mundo sem ter que passar pelos aparelhos repressivos e controladores dos Estados-nações.
Em sua reflexão o autor rebate críticas e responde questionamentos sobre o ciberespaço, afirmando que o virtual não substitui o real, não significa que o ciberespaço é uma ameaça ao espaço físico de desaparecimento, mas possibilita condições para se pensar o citiduano de forma diferente em vários espaços. A cibercultura através da técnica oferece oportunidade para mo desenvolvimento humano e por esse motivo ela é favor do bem público.
Por fim o autor pontua algumas questões relacionadas ao ciberespaço com freqüência, discordando da idéia de que o ciberespaço deve se tornar um “imenso mercado planetário e transparente de bens e serviços”, o autor defende que uma das principais características do ciberespaço é ser independente e comunitário, por isso não deve ser usado apenas comercialmente.
Pierre Lévy concluiu que alguns críticos estão “cegos e conservadores” em relação ao mundo virtual, que são movidos apenas pelo medo de perder o poder e o monopólio para o ciberespaço e diante disso não se permite conhecer esse novo modelo de comunicação e interatividade r as transformações positivas provocadas pelo mesmo.
Quanto a afirmação do ciberespaço ser sinônimo de exclusão, de caos e de confusão, Lévy admite que para as regiões em desenvolvimento o acesso à rede exige alto custo e toda tecnologia requer qualificação para ser manuseada, quanto a afirmação do caos e da confusão partem de falsas premissas de que não existe censura no ciberespaço e nenhuma autoridade garante o teor das informações disponibilizadas o que deixa o seu conteúdo vulnerável à desconfiança. Em respostas a essa questão ao autor diz que “os sites são produzidos e mantidos por pessoas e instituições que assinam suas contribuições e defendem sua validade frente à comunidade dos internautas”.
A importante obra desse filosofo francês presta importante contribuição para o entendimento do espaço de comunicação para a vida social na contemporaneidade e a sua leitura é extremamente importante para que o professor se instrumentalize tornando-se um incentivador da “inteligência coletiva” e conseqüentemente na construção de um NOVO modelo escolar.
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