segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A HORA DA GERAÇÃO DIGITAL

Nesta obra o autor reuniu o resultado de uma pesquisa feita com aproximadamente dez mil jovens de diversas partes do mundo, que denominou de Geração Digital ou Geração internet. A obra publicada tem como objetivo desmistificar a visão apocalíptica que alguns autores e especialistas tem da juventude atual, mostrando como cresceram e vivem os membros dessa geração que nasceu imersa em tecnologias, e por isso lidam com elas de forma natural.
A partir de 1993 o autor inicia o estudo sobre o impacto da internet no comportamento dos jovens, a intencionalidade era descobrir como nativo digital pensa a nova era e as mudanças introduzidas com o advento da internet.
A obra contém quatrocentos e quarenta e três páginas, onde o autor discorre ao longo de onze capítulos, sobre as principais mudanças promovidas pelo uso da internet e inicia focando como ponto de partida as diferenças entre as duas gerações mais populosas de todos os tempos: a geração Baby Boom e a Geração Digital, essas mudanças são focalizadas mostrando ao leitor como a influencia do uso da internet os transformou em pessoas mais inteligentes e dinâmicas.
Segundo Tapscott a internet compactua de uma cultura global e muda o mundo na medida em que aparece, e afirma que lidar com tecnologias é tão natural quanto respirar. Esses usuários são pessoas altamente instruídas, estimuladas desde muito cedo, são exigentes, sua relação com a mídia e com a política é diferente da de seu país. É uma geração caracterizada por oito normas, que se baseiam nas experiências deles, e estruturam também sua relação com o emprego e o consumo, são elas: Liberdade, customização, escrutínio, integridade, colaboração, entretenimento, velocidade e inovação.
Conectados em redes sociais, essa geração não teme a exposição ou perda de privacidade; prezam a liberdade, mas sentem-se bem com a família e gostam de viver na casa dos pais. São honestos, porém desconfiados. Lêem menos livros, mas lêem mais páginas na internet, tem acesso a mais informações, que precisam ser filtradas e processadas, o que acaba por exigir mais de seus cérebros. A educação para eles deve estar focada neles, visto que aprendem produzindo.
Segundo o autor a aprendizagem colaborativa é o que faz sentido para essa geração que não tolera mais a educação unidirecional praticada desde a Revolução industrial. Deste mesmo modo lidam com o mundo do trabalho, que para atraí-los precisa ser apaixonante, divertido, inovador, colaborativo, desafiador, veloz e livre.
Na conclusão do livro, Tapscot cria o neologismo NGefobia (medo da geração internet) em resposta a um crítico ferrenho da Geração Internet, Mark Bauerlein , que publicou um livro afirmando ser esta uma geração burra e nociva ao desenvolvimento da humanidade. Ele finaliza a obra lançando um questionamento sobre o que faremos com esse poder conquistado pela geração digital.
Os milhares de jovens dotados da lógica do pensamento hipertextual dão a Tonica a essa obra de Don Tapscott, que desvenda o que há por trás das mudanças promovidas pela Geração Digital, em todos os setores da sociedade.
Para o autor essa geração aprendem mais com experiências não seqüenciais, interativas, dessicronizadas, multimidiáticas e colaborativas, a plataforma fragmentária não os deixou mais burros ou superficiais. Muito pelo contrário, a web moldou suas mentes ampliando a capacidade de pensar.
Tapscott acredita que quem nasceu digital tem mais capacidade de mudar o foco e até de julgar se uma informação é ou não confiável. “Crescer com a internet mudou a forma como a mente funciona. Acostumados ao multitarefa, eles aprenderam a lidar com a sobrecarga de informação. As tecnologias digitais e o desenvolvimento intelectual caminham lado a lado”.

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